A parcialidade em época de eleições

Parcial todos somos (ponto). De um jeito ou de outro, todos temos preferências e simpatias. Quem está acostumado a ler e ouvir os chamados comentaristas (político e econômicos) precisa, durante todo o ano, estar alerta para os interesses atrás de cada comentário. Esse negócio de imprensa imparcial não existe!

Mas o impressionante é a total falta de vontade em tentar disfarçar as preferências. Os comentaristas e, principalmente, as comentaristas, parecem carecer de um pouco de sutileza. Não é difícil ouvir e ler que tudo o queaconteceu no Brasil nos últimos 8 anos foi errado, sorte ou fruto das ações do governo anterior. Se o presidente se mete em algum assunto, está errado. Se não se mete, também está errado. Quando ganha uma votação no Congresso, usou artifícios e promessas. Quando perde, faltou articulação política. Se há escândalos envolvendo membros do seu partido, ele precisa se explicar. Caso oescândalo seja com membros da oposição, ele também precisa se explicar.

Megalomaníaco, irresponsável, ditador, despreparado. Esses são alguns dos adjetivos usados para definir o mais popular de todos os presidente do país. É indiscutível que houve (e há) problemas, mas é inegável que deve haver algum mérito para explicar sua popularidade.

Agora, que chega a hora de escolher o sucessor (e as opções são péssimas) nossos recalcados comentaristas se exitam, arrancam os despenteados fios de cabelo, coçam os enormes narizes e pesquisam, em busca de mais argumentos para detonar qualquer coisa ligada ao Governo.

Fica cada vez mais importante conseguir entender o que se lê e ouve, num país onde muita gente ainda nem sabe ler.

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