Jornalismo – Reflexões sobre a Experiência

Fui convidado para dar uma palestra em uma faculdade (sobre jornalismo eletrônico) e fico na dúvida: O que e como passar os conhecimentos e a experiência adquiridas sem pisar demais nos egos de coleguinhas? A maioria dos jornalistas tem egos que não cabem em carros populares, vocês sabem.

Há duas coisas que a experiência deve ensinar: a primeira é que é preciso corrigir muita coisa; a segunda é que não se deve corrigir demaisEugène Delacroix.

Qualquer um que trabalhe em sites jornalísticos deve (ria) saber que sua missão primária é informar da melhor maneira e, sempre que possível, mais rápido que seus concorrentes. Ai, vem o primeiro problema: Detectar seus concorrentes.

Nem sempre um bom repórter pode se transformar em um bom editor e algumas vezes um bom editor nem era um repórter tão bom assim. Entretanto, saber detectar os adversários do seu veículo é uma função que, infelizmente, não deve ser deixada nas mãos e mentes de pessoas inexperientes, com menos de, digamos, 3 trabalhos em locais distintos.

Tendo convivido com alguns dos melhores jornalistas de Informática do Brasil e sendo amigo de alguns dos mais competentes repórteres de Educação do país, digo, sem medo, que alguns deles serão sempre ótimos repórteres, nada mais. Portanto, nada de deixar que pautas mirabolantes saiam de suas cabeças. Melhor fazer o que é mais importante – ganhar o público com um bom noticiário.

Experiência faz você aprender – mesmo que seja como não fazer algo – e só se consegue com o tempo. Conhecer apenas um ambiente de trabalho sempre vai distorcer a realidade.

Como disse, fica a dúvida de devo ou não aceitar o convite, dar exemplos (verdadeiros) de erros e acertos e arcar com a ira, arrogância e egos feridos dos coleguinhas que se acham bons.

Talvez seja melhor só puxar o saco e não usar exemplos nacionais…..são tantos…….

Experiência é quando renunciamos aos erros da juventude para substitui-los pelos da idadeAmbrose Bierce.

Alguns, que se acham bons mesmo e só aproveitam cargos temporários para criticar (mesmo quando a responsabilidade dos enganos é da equipe comandada por eles) parecem mesmo um Peter Sellers, da Pantera Cor de Rosa, preferindo perfumarias idiotas ao noticiário (menos glamoroso, mas bem mais efetivo).

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