Guilherme Arantes – Condição Humana – Crítica

Vomitando talento, Guilherme Arantes volta com álbum sem concessões e bem feito

GA_PROPOSTA-11032013-ROTACIONADO-out.inddO tom de independência e até mesmo alguma raiva do texto escrito pelo próprio Guilherme Arantes para apresentar seu novo trabalho – Condição Humana (Sobre o Tempo) – já dá uma pista da orientação do disco: um resgate ao som que o tornou famoso e moldou sucessos como Aprendendo a Jogar, Deixa Chover, Planeta Água, O melhor vai começar e Meu Mundo e Nada Mais.

“Desta vez foi mandatório não fazer nenhuma concessão e não ficar ouvindo abobrinha de nenhum produtor que tenha caído ‘de paraquedas’ no meu trabalho…”, sentencia.

A decisão fica clara logo nos primeiros acordes da faixa-título, que abre o álbum, onde realmente os sons das décadas de 70 e 80 vêm logo à mente. Versos como “Quando somos jovens/Tantos sonhos são para durar/Muitos só nos álbuns/De memória para guardar” poderiam sugerir pura nostalgia, mas Arantes está mais atual do que nunca.

Nesse primeiro disco em sete anos há romantismo, mas também há indignação com a corrupção e “os ratos dos governos invariavelmente por trás de toda a perversidade e sacanagem do mundo”.

O cantor/pianista dispara opiniões cheias de atitude e honestidade, em canções onde as melodias não ficam em segundo plano.

“Eu precisava vomitar um disco que viesse sanguinolento, com guts, com ‘culhões’ de quem tem o que dizer e está pouco se lixando se o mundo vai aceitar ou não”.

Esse texto também foi publicado no jornal O Fluminense

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